
o olhar público
as artistas que reinventaram a rua
terças de 19 às 21h*
de 23 de setembro a 14 de outubro
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
*Todas as aulas ao vivo são gravadas e disponibilizadas por 1 mês para quem não puder estar presente
"Há em certas mulheres uma grandeza artificial ligada ao movimento dos olhos, a um meneio de cabeça, aos modos de andar etc.". Esta citação de La Bruyère é, segundo Balzac, um dos poucos textos que abordam a "teoria do andar" até aquele momento da história. E sobre as mulheres que andam havia muito menos. Como a maquiagem que embeleza as mulheres por "pompas artificiais, seja qual for o meio a que pertençam" (Charles Baudelaire), o andar nas ruas está relacionado à maneiras artificiais e condutas socialmente determinadas, estabelecidas principalmente a partir de jogos de olhar: quem olha e quem é olhado? Tal qual a história da arte, está em jogo a relação entre os sujeitos e objetos do olhar e que demonstra as relações de poder.
Seria correto dizer que apenas artistas homens andavam errantes e solitários (flâneur) nas ruas? Segundo Laure Elkin, ao contrário do que imaginamos, muitas mulheres ocuparam as ruas, sozinhas ou acompanhadas. As mulheres artistas e seus enfrentamentos do olhar no cenário público das ruas - de Paris no século 19 a São Paulo no século 21 - são nossos focos nos 4 encontros desse curso "pocket" do projeto "Um teto seu", que desde o começo busca investigar os limites das práticas artísticas e as ocupações espaciais das mulheres na história da arte.
SAIBA MAIS SOBRE O PROJETO E QUEM OFERECERÁ O CURSO AQUI.
quase todas as imagens utilizadas para divulgação fazem parte da série "Young American Woman in Florence" de Ruth Orkin. Apenas a primeira imagem trata-se de uma "coladora de cartazes" de rua do século 19.
4 aulas de 2h cada
material
complementar
suporte por
e-mail
certificado digital

encontro 1
23 de setembro
O lugar e o olhar da artista mulher: relações entre público e privado e a política sexual do olhar na história da arte.
encontro 2
30 de setembro
Espiando das janelas ou o ateliê suspenso: sujeito e objeto do olhar (século 19 - primeira metade do 20)
encontro 3
7 de outubro
Para onde fomos? O mundo é nosso! Mapeando práticas artísticas a partir da/na rua (segunda metade do século 20)
encontro 4
14 de outubro
Encontrando o olhar do outro ou o eco da rua: intervenções urbanas, ampliação dos olhares (século 21)

bibliografia e material complementar
Toda aula possui sugestão de leitura e material visual exclusivo para acompanhar o curso e aprofundar o conteúdo. Sempre digo que o material serve como uma continuação do curso. Nossas aulas são elaboradas através de pesquisa e conteúdo de qualidade. Focamos nos processos artísticos e em produções potentes e relevantes.
Praticamente todas as sugestões de leituras e material de pesquisa deste curso provém de artigos e livros acadêmicos (a maioria de mulheres teóricas) ou documentos de época. Além de sites e catálogos de instituições de arte e jornais/revistas online.
por que entendemos o curso como um investimento?
Você sairá do curso com uma super bagagem artística e cultural, conhecendo mais sobre a História da Arte, porém a partir de uma perspectiva diferente e inovadora. O conhecimento é um bem imaterial que adquirimos para nos tornamos pessoas mais esclarecidas e conscientes dentro da sociedade. Ir a um museu com essa bagagem não impede e nem racionaliza a surpresa e experiência sensível com a obra de arte, ao contrário, potencializa sua relação com ela.
bolsas integrais
PEDIDOS PARA ESSA EDIÇÃO SERÃO ACEITOS ATÉ 08/09 ÀS 10H
Se você é pesquisadora e/ou artista que trabalha na área do curso poderá concorrer a uma bolsa integral caso não tenha condições financeiras. Para isso você deve escrever para umtetoseu@gmail.com . Cada edição oferece de 5 a 8 vagas para bolsistas. O formulário de seleção é aberto após o número mínimo de pessoas inscritas ser atingido.
